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Entrevista Autor Henrique de Micco

Entrevista com Henrique de Micco, autor de Escuridão no Fim do Túnel

1. Antes de tudo, Henrique, gostaria de agradecer pela sua participação aqui no blog. Estou muito feliz pela nossa parceria. Sobre ser escritor, quando e como tudo começou?


R:Eu é que agradeço pela oportunidade. Tudo começou quando eu ainda era menino, aos 12, 13 anos. Eu era (e ainda sou) apaixonado por leitura. Eu tinha muitas ideias, e as passava para meus cadernos. Sonhava em ser, um dia, um grande escritor, e é para isso que trabalho atualmente. Sinto um prazer imenso em compartilhar as histórias malucas que surgem na minha cabeça. É uma paixão.




2. Seus gêneros de escrita são terror e fantasia. Como é a experiência de trabalhar com esses dois gêneros no quesito de conquistar um público-alvo? Acredita que esses gêneros ainda são desvalorizados pelos leitores brasileiros ou atualmente estão ganhando espaço no nosso meio literário, se igualando à popularidade dos romances românticos?


R: São gêneros que, sem dúvida, estão conquistando seu lugar ao sol. Nacionalmente falando, ainda estão distantes dos romances românticos, como citado por você, de outros gêneros também. Eles acabam sendo ofuscados por temáticas mais populares, por assim dizer. Mas, apesar de tudo, os amantes de terror e fantasia estão lá, sedentos por boas histórias. É desafiador, sem dúvida, mas é o que eu gosto de escrever, e é no que eu acredito.




3. Você tem algum escritor ou escritora preferido que usa como referência ou inspiração na sua escrita e nas suas histórias?


R: Vários, mas se tratando de inspiração, tenho Stephen King como o número 1.




4. Você está para publicar seu primeiro livro em formato físico por uma editora. Quais foram suas maiores dificuldades de conseguir, finalmente, uma publicação por editora?


R: Bom, para ser sincero, eu não demorei tanto assim, mas pelo fato de eu ter optado não aguardar pela chance com uma editora grande, as conhecidas como tradicionais (onde o autor não paga para publicar). O original até foi aprovado para um selo de uma editora bem bacana, mas o investimento solicitado por eles, para novos autores, era inviável. As editoras menores são mais atenciosas, e a pela qual eu optei fazer o lançamento realizou a análise da obra em poucos dias. Preferi seguir esse caminho, para a minha primeira publicação.



5. Como é o seu processo de escrita? Costuma organizá-la em plots ou roteiros ou escreve conforme o fluxo de ideias? Tem algum ritual de escrita e quanto tempo se dedica a escrever?


R:Eu faço sempre um breve roteiro. Uma ordem cronológica dos acontecimentos mais importantes, e o restante eu desenvolvo conforme vou escrevendo. O engraçado é que, quando vou ver, mudei 70% do que estava previsto.

Quanto ao ritual, acho que o café. Eu sempre tomo café quando estou escrevendo. E procuro escrever todos os dias, nem que sejam algumas linhas. Quando não estou trabalhando na história em si, procuro desenvolver personagens, colocar ideias aleatórias no meu caderno, qualquer coisa que possa ajudar depois.



6. Você compartilha suas ideias com amigos ou familiares antes de escrever? E como é o apoio das pessoas do seu círculo social uma que vez que você é escritor?


R: Compartilho com a minha esposa, mas ela sempre gosta de tudo. Não sei, não... (risos). Quanto ao apoio, é menor do que eu esperava. Bem menor. Algumas pessoas ajudam na divulgação, mas muitas sequer chegam a ler o que estão compartilhando. Não é isso o que eu quero, mas tem muito a ver com o gênero que eu escrevo. O apoio maior vem de outros escritores, das parcerias, etc. Acho que, como conhecedores da dificuldade que é se destacar na literatura atualmente, os envolvidos no meio são mais atenciosos, compreensivos. Uma ajuda mútua mesmo.



7. Sabemos que é uma realidade quase utópica viver da escrita, sendo assim, além de ser escritor, atualmente qual sua profissão? E como você concilia escrita e trabalho?


R: Atualmente eu trabalho na área de segurança, em uma universidade. São 12 horas, mas dia sim, dia não. Então, sobra um tempinho pra escrever (quando minha filha deixa).



8. Além da publicação do seu livro em físico, tem algum projeto de escrita para 2017? Se sim, pode nos falar um pouco mais dele?


R: O livro a ser lançado esse ano é o primeiro de uma série, mas tive uma ideia que não pode esperar. Vou escrever outro romance fantástico, sem nenhuma ligação com o universo criado na série. E só depois, escreverei o segundo volume.

Posso prometer muitas cores, magia e perseguição. O protagonista será um menino de 11 anos, e a história se passará no Brasil.

Estou apostando também na escrita de contos, com a intenção de publicação em antologias. Um deles, inclusive, será publicado em outubro.



9. Todo escritor, renomado ou anônimo, está sujeito às críticas de suas histórias, isso porque a literatura é algo completamente subjetiva. Uma mesma história pode ser maravilhosa para um leitor como pode ser frustrante para outro. Como você lida com as críticas às suas histórias, tanto as positivas quanto as negativas?


R: Estou sempre aberto a críticas e sugestões. Felizmente, a maioria, diria que quase todos os feedbacks, têm sido muito bons pelo pouco que escrevi até agora. Mas é impossível agradar a todos, então temos que estar preparados pra tudo. O processo de escrita é algo imenso, estamos sempre aprendendo, sempre nos aprimorando. Diria que, um escritor que julga saber tudo o que precisa, está fadado a cair em esquecimento.



10. Você já se imaginou escrevendo algum outro gênero que fuja do seu estilo atual?


R: Já. Quem sabe? Apesar de que minhas ideias sempre me jogam para esses gêneros. Mas, já me imaginei, sim. Só não sei daria muito certo.




11. Você escreve uma história por vez ou é como aqueles autores que têm inúmeras histórias começadas e as escreve conforme seu tempo permite? E existe alguém ou alguma coisa que o motive a continuar escrevendo?


R: Eu escrevo uma história por vez. Até mesmo quando me empenho em algum conto mais curto, dou uma pausa em qualquer outro projeto até que esteja terminado.

O que me motiva a continuar escrevendo, é a certeza de que estou buscando a realização de um sonho, que se mostra cada vez mais possível.




12. Para finalizarmos, para você, qual seu maior erro e qual seu maior acerto como escritor?


R: Bom, pra ser sincero, eu não saberia te dizer no momento. É tudo muito novo, uma enxurrada de ansiedade e uma pitada bem generosa de insegurança. Assim que eu atingir um público maior, tiver um feedback mais numeroso, eu conseguirei analisar isso. Talvez eu arrebente, talvez eu quebre a cara. Só não sei te dizer ainda quais meus erros e acertos nessa disputa entre o sucesso e o esquecimento.




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