top of page

Resenha #20 - O Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas


Informações técnicas:


Título Original: Le Comte de Monte-Cristo

Autor: Alexandre Dumas

Editora: Zahar

Ano: 2012

Páginas: 1352 (e-book Kindle)

Sinopse: Traições, denúncias anônimas, tesouros fabulosos, envenenamentos, vinganças e muito suspense. A trama de O conde de Monte Cristo traz uma emoção diferente a cada página e talvez isso explique a razão de a obra do escritor francês Alexandre Dumas ter se transformado em um clássico da literatura mundial, mexendo com a imaginação dos leitores há mais de 150 anos.

No romance, o marinheiro Edmond Dantés é preso injustamente, vítima de um complô. Anos depois, consegue escapar da prisão, enriquece e planeja uma vingança mirabolante. A galeria de personagens criada por Dumas faz um retrato fiel da França do século XIX, um mundo em transformação, em que passou a ser possível a mudança de posições sociais. As aventuras de Dantés ainda ganharam diversas versões cinematográficas que colaboraram para o sucesso da trama.




Resenha:


Em 1815, Edmon Dantès é um simples marujo que, após meses no mar, retorna à sua casa, Marselha, para rever o pai e a noiva, Mercedes. O jovem francês, com 19 anos à época, apesar de simples e pobre, já levantava a inveja de pessoas próximas. Depois da morte do capitão do navio onde Dantès era marujo, o Pharaon, Morrel, o armador da embarcação, tentará promover Dantès a capitão, o que desperta a inveja de Danglars, o contador do navio.


Outro que sente inveja de Dantès, é Fernand Mondego, um catalão primo de sua amada noiva, por quem também cultiva um amor declarado. Assim, Danglars e Fernand, cada um com seu interesse, armam um complô contra Edmond Dantès, escrevendo uma carta anônima ao procurador do rei que acusa Dantès de ser um bonapartista e que traz consigo uma carta para o usurpador — Napoleão.


Sorte ou acaso, o jovem Dantès fora mesmo incumbido pelo antigo capitão do Pharaon, Leclère, a entregar uma carta a um destinatário em Paris, entretanto ele desconhecia o conteúdo dela.


Assim, quando a carta anônima que o acusa injustamente de conspirador a favor de Napoleão cai nas mãos das autoridades, Dantès é levado até o substituto do procurador do rei, Villerfort. A princípio, Villerfort acredita na inocência do jovem rapaz, mas, quando ele descobre que o destino da carta seria para o senhor Noirtier de Villerfort, o senhor seu pai, ele teme que a conspiração de seu velho a favor do usurpador prejudique sua carreira como procurador do rei Luís XVIII. Mesmo ciente da inocência de Dantès, ele o condena por conspiração.


Dantès é levado até o castelo de If, condenado injustamente. É lá que, depois de anos, ele conhece o velho Abade Faria, quando este, ao errar seus cálculos, cava seu túnel em direção à masmorra de Dantès, e não em direção à saída. Todos acreditam que o velho Abade é louco, por sempre tentar comprar sua liberdade dizendo haver uma fortuna escondida. É o Abade que, também, ensina Dantès toda a arte da ciência — de letras à física. Determinado e com sede de vingança, ele compactua com o velho a cavarem um túnel e escaparem do castelo de If — uma proeza que levaria anos. A escapada de Dantès, no entanto, se dá mais fácil do que ele imaginava, sem a necessidade de continuar a cavar seu túnel.


Após fugir do castelo de If, depois de quatorze anos preso injustamente, Dantès segue até a ilha de Monte Cristo, utilizando um mapa dado a ele pelo velho Abade, onde ele descobre haver, de verdade, um tesouro escondido.


Ainda com desejo de vingança, Dantès, agora sob o título de Conde Monte Cristo, utiliza todo o poder que o dinheiro lhe proporciona para fazer justiça com aqueles que o prejudicaram.


Vinte e quatro anos depois desde a sua prisão, os seus inimigos prosperaram na vida. Danglars é um bem-sucedido banqueiro; Fernand Mondego é o conde Morcerf, conhecido por ter sido general de Ali Praxá, e casado com Mercedes, a antiga paixão de Dantès; e Villerfort é o procurador do rei.


E Dantès se valerá do segredo que envolve cada um deles, introduzindo-se em suas vidas e em suas famílias, para destruí-los, numa vingança mirabolante e genial.



Considerações pessoais.


O Conde de Monte Cristo é uma obra magnífica, sem sombra de dúvidas. Não é à toa ser um clássico da literatura e leitura obrigatória. Apesar da narrativa extensa, o autor trabalha detalhadamente aspectos da história de suma importância para a volta de Dantès e da forma como deseja fazer justiça. Achei interessante como todos os personagens em torno do Conde têm uma ligação com o passado e os segredos daqueles a quem Dantès quer vingança e da forma que ele os utiliza como uma arma para alcançar seus objetivos.


Uma leitura recomendada e até mesmo obrigatória para os apaixonados por livros.


bottom of page