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Primeiras Impressões #10 - A Legião do Céu

Autor: A.M. Freire

Ano: 2017

Páginas: 246

Editora: Xeque-Matte

Onde encontrar: Editora

Sinopse: Na aurora do sétimo dia, Deus descansou, e, deixou o comando de toda a criação nas mãos de Miguel – o Príncipe dos Arcanjos. Porém, tomado pela inveja do irmão e o ódio implacável pelo homem, Lúcifer declarou guerra contra os alados celestes, levando consigo um terço dos anjos do céu. O tempo permaneceu inviolável, contudo, passou. Atualmente, a humanidade está adaptada a um novo modelo social e político. Obedecem às leis de um governante influente e poderoso, o qual acabou com muitos agentes causadores do sofrimento no planeta. No entanto, as pessoas que decidiram se rebelar contra o Líder, formaram a Resistência e sobrevivem escondidas, fugindo de uma eterna perseguição com sabor de morte. Existe outra parte da sociedade renegada pelos demais, os Blasfemos. Assim são chamados aqueles que possuem poderes sobre-humanos. Aberrações usadas como objetos pelo imperador para divertir e manter o controle do homem. Em meio a esse novo mundo, surge Kenny, um garoto de 12 anos que descobre ser muito mais que um simples adolescente. Sua vida está diretamente ligada ao plano divino, obrigando o menino a encarar o próprio destino.

O livro começa com um prólogo bem instigante — e com quem eu tenho certa familiaridade, por ser fã de uma saga com a mesma temática de anjos — com O Criador convocando seus nove Arcanjos para lhes falar de uma decisão importante após Sua criação. Nessa história, o autor segue com a narrativa do Gênesis — de certa forma, à sua maneira — sobre a criação ter sido feita em seis dias, e o descanso do Criador no sétimo.


Deus, então, pretende se recolher para o descanso, enquanto perdurar o sétimo dia. Esse descanso, contudo, é diferente do que o termo sugere. Deus, na verdade, pretende dividir sua essência aos homens, lhes beneficiando com o livre-arbítrio. Esse período de “descanso” será a observação do Criador para a sua criação, para, então, fazer seu julgamento no raiar do oitavo dia. Durante sua ausência, Deus incumbe o Arcanjo Miguel para governar.


Dos nove Arcanjos, aparentemente apenas um não está de acordo com as vontades Dele. E esse arcanjo é o Arcanjo Lúcifer.


Isso tudo ocorre na camada que chamamos de Sétimo Céu.


Na Terra, Kenny é um garoto comum (ou será que não?) que está completando doze anos de vida. Nos dois primeiros capítulos, o autor nos apresenta esse personagem, um pouco da sua vida e da sociedade em que ele vive, que me deu uma visão de uma sociedade distópica. Contudo, até o ponto em que li para essas Primeiras Impressões, o autor não se aprofundou muito nas características desse governo, deixando um quê de mistério bem bacana no ar.


Mas o que sabemos é que as pessoas têm uma marca na mão esquerda, uma tatuagem, que funciona como identidade e dinheiro para os habitantes da cidade (será que é uma referência à marca da besta? hahaha), e que há um grupo que se chama Resistentes, um grupo que não possuí essa marca e por isso é constantemente caçado, vivendo escondido e roubando para sobreviver.


A narrativa de A.M Freire é bem fluída, embora eu tenha estranhado um pouco a história em terceira pessoa no presente (particularmente, em terceira pessoa, gosto de pretérito perfeito haha), mas não foi difícil de me habituar à leitura e me envolver com a história.


O enredo me agrada bastante e até sou suspeita pra falar porque acabei de finalizar uma tetralogia com a mesma premissa angélica, de quem, inclusive, o autor confirmou em sua Introdução no livro, que também leu e foi um dos pontapés para desengavetar A Legião do Céu e escrever o livro. Estou bem animada pra continuar a leitura, fugir um pouco do universo Spohr e conhecer uma nova trama, com o mesmo enredo, e tenho certeza de que essa história ainda vai me surpreender.


Posso dizer que A.M. Freire conseguiu instigar minha curiosidade e deu um toque muito interessante ao enredo angélico inserindo uma sociedade com uma atmosfera distópica.


Em breve, tem resenha desse livro aqui no blog!

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