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Resenha #40 - Filhos do Éden #1: Herdeiros de Atlântida, Eduardo Spohr


Informações técnicas:

Título: Filhos do Éden #1: Herdeiros de Atlântida

Autor: Eduardo Spohr

Editora: Verus

Ano: 2012

Páginas: 471




Resenha:


A história toda começa com o ciúme descabido dos Arcanjos quando Deus resolve dar o livre arbítrio à espécie humana. Incumbido de governar a Terra e o Universo, os Cinco Arcanjos deveriam zelar pela humanidade e adorar a criação de Yahweh, enquanto ele descansa no perdurar do sétimo do dia. Contudo, enciumados porque a alma — o dom que rege o livre-arbítrio — foi entregue aos humanos, e não aos Arcanjos, limitados ao instinto de suas castas, os Primicérios de Deus decidem liquidar os humanos e planejam uma série de catástrofes para tal — da era glacial ao dilúvio. Mas os homens são persistentes e sempre conseguem sobreviver e perpetuar a espécie, recebendo ajuda de ninguém mais do que os Sentinelas — anjos designados pelo Criador para acompanhar os terrenos do plano físico.


Em um determinado momento, o Arcanjo Gabriel, em uma mudança radical, começa a lutar em favor dos homens, contrariando os ideais tirânicos do Príncipe dos Anjos, o Arcanjo Miguel. Sendo assim, uma guerra Civil começa no Céu, que perdura por milênios. Em comum acordo, os gigantes propõe um armistício na Terra — a guerra no céu não deveria se estender ao plano físico.

Porém, um dos dois lados rompe esse acordo, e é aí que entram os personagens Kaira, Urakin e Levih — num primeiro momento. Kaira é um anjo em serviço do Arcanjo Gabriel da casta ishim — anjos que governam as forças elementares — da província do fogo e foi mandada à Haled (termo para Terra) para investigar a suposta violação do armistício, mas ela simplesmente desapareceu. Sendo assim, Levih — um ofanim, os chamados anjos da guarda — e Urakin — um querubim, um anjo guerreiro — são encarregados de procurar pela capitã.

Eles não demoram a localizar Kaira se passando por humana, estudante na Universidade de Santa Helena, na região serrana do Rio de Janeiro, sob o nome de Rachel Arsen. Porém, o disfarce da anjo não chega a ser bem um disfarce. Kaira perdeu a memória e acredita mesmo que é uma simples estudante.


Procurando desvendar o que aconteceu à capitã e à sua memória — porque somente assim ela pode materializar seu copo espiritual e retornar à presença de seu Líder, no Primeiro Céu — o grupo procura a ajuda de Denyel — um anjo exilado, a serviço do Arcanjo Miguel — e este promete ajudá-los em troca de anistia. A jornada do grupo os levará a enfrentar monstros, deuses e demônios, a viajar pelas estradas, navegar em grandes rios e chegar à floresta Amazônica, e de lá, ao descobrirem qual era a missão de Kaira na Terra, partir em busca de uma nação antediluviana perdida há muito: o reino de Atlântida. Ao alcançarem essa nação, o plano é impedir que as forças do inimigo possam dar um enorme avanço na guerra a favor do Arcanjo Miguel.



Considerações Pessoais:


Eu sou alguém super suspeita para falar desses livros, pois é a terceira vez que os leio. Herdeiros de Atlântida nos insere na trama central, com flashbacks do Denyel como um anjo da morte e do Primeiro Anjo — o líder dos Sentinelas — intercalada com a narrativa do presente. Nesse primeiro livro, o autor traz alguma coisa da mitologia brasileira quando os anjos alcançam a Amazônia, no reino Yamí. A leitura foi agradável pra mim e bem fluída, e, mesmo lendo pela terceira vez, algumas partes me emocionaram e me surpreenderam do mesmo jeito.


O livro tem uma pegada épica, com lutas, escapadas e duelos de tirar o fôlego. É um livro com um universo complexo, também, e o Glossário no final ajuda bastante o entendimento da obra. Achei os personagens profundos, bem-construídos e cativantes ao extremo. Nem mesmo os vilões desta história eu consigo ter antipatia!


Um livro que eu leria mais dez vezes e indico sempre!

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