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Resenha #49 - Os Justiceiros, Escrito por Stephen King como Richard Bachman


Informações Técnicas:


Autor: Stephen King

Ano: 2013

Páginas: 352

Editora: Suma das Letras

Sinopse: Uma das janelas laterais do furgão começa a baixar. Surge o cano de uma escopeta. Tem uma cor esquisita, não exatamente prata nem cinza. Os canos iguais parecem o símbolo do infinito pintado de negro"- Richard Bachman Tudo parece absolutamente normal em uma tarde quente de verão como tantas outras em Wentworth, Ohio. No entanto, algo destoa na paisagem rotineira. Um furgão vermelho está parado no alto da ladeira. Não vai demorar muito para que comece a descer. Não vai demorar muito para que a Poplar Street seja coberta de sangue. Em Os justiceiros −, a imagem tranquila de uma ruazinha de subúrbio está prestes a se estilhaçar. O pesadelo que tomará conta da rua chegará até uma casa aparentemente comum. Uma casa escura, iluminada apenas pelo brilho da TV – onde Audrey Wyler e Seth Garin, seu sobrinho autista de oito anos, travam uma luta silenciosa contra um invasor diabólico que está tão próximo quanto sua mente. Ao anoitecer, a Poplar Street não será a mesma. Seus moradores irão descobrir o horror de um mundo novo onde tudo é possível. Um mundo onde os justiceiros estão em ação. Quem são eles? Por que vieram? Até onde pretendem chegar? Será possível detê-los? São perguntas angustiantes. E as respostas serão aterrorizantes.




Resenha:


É um dia normal em Wenworth, Ohio. Um casal de irmão briga, um conhecido rapazinho entrega jornais, e o vizinho água o gramado. A calmaria e a paz na Poplar Street prestes a mudar quando um misterioso furgão do alto da ladeira começa a descer. Mortes estão prestes a acontecer, e a realidade que os moradores da rua conhecem, a se transformar de uma forma tão bizarra que eles jamais poderiam imaginar um dia.


Depois que o cano de uma escopeta escorrega por entre o vidro do furgão e dispara, fazendo a sua primeira vítima, tudo o que o grupo de moradores da rua precisa fazer é acionar a polícia e se proteger. Mas nem tudo é simples assim. Os telefones estão mudos, e parece que o simples fato de ficarem na rua é perigoso e clama pela visita desagradável do furgão vermelho.


Divididos em dois grupos e refugiados em duas casas, quando a noite caí, eles se deparam com uma transformação no cenário que, para qualquer mente sã, é algo inconcebível.


E tudo isso acontece partindo logo da casa 247, onde mora Audrey Whiler e seu sobrinho de oito anos, Seth Garin. Seth é uma criança altista, que adora filmes de cowboys e o seriado futurístico “Os Justiceiros”. É nesse cenário, uma mistura de faroeste com furgões do futuro, que a rua Poplar Street se transforma ao cair da noite. Isso só é possível porque Seth “carrega” dentro de si uma entidade que não é explicada especificamente o que é no livro, mas se chama Tak. Tak tem o poder de fazer o que bem entender, sim, inclusive transformar completamente a paisagem da Poplar Street. E ele aproveita desse seu poder para matar personagem por personagem.


Mas há uma chance de Audrey salvar os moradores, a si próprio e o sobrinho inocente, e findar com o inferno que acontece não somente naquele momento, mas já há algum tempo. Ela precisará ser rápida e aproveitar quando Seth vai ao banheiro.



Considerações pessoais


Fiquei interessada em ler Os Justiceiros depois de ter lido Desespero e constatar que as capas se completam. Achei, por conta disso, que as histórias de alguma forma se cruzavam, ou fosse uma continuação ou alguma coisa antes de Desespero. Mas não foi bem assim. Os livros são distintos, e são chamados de livros gêmeos ou espelho, porque King usou a mesma premissa (no caso, Tak possuir um dos personagens) e os mesmos personagens, embora muitos deles tenham sido adicionados e outros mudados de alguma maneira (como David Caver, que em Desespero é uma criança, e em Os Justiceiros, é adulto), mas contou uma história paralela, que nada tem a ver uma com a outra.


Achei isso interessante (e gostei muito, pensando em aplicar isso um romance meu ahhaha), mas no começo, fiquei um tanto confusa por não ter essa informação. Só mesmo conversando com outro leitor, que me aconselhou a ler como se Desespero não existisse, que eu fui entender essa jogada do autor.


O livro foi escrito pelo King, mas com o pseudônimo Richard Bachman, e, pelo que andei lendo, ele conseguiu publicar seus livros por trás desse pseudônimo por uns bons sete anos.


Enfim, voltando a falar do livro, Os Justiceiros é uma boa história, mas nada que tenha me surpreendido de verdade. Não sei, é o terceiro livro do Stephen que eu leio e continuo com a ideia de que sua escrita é cansativa e excessivamente chata, embora as ideias sejam muito originais. O que estraga é mesmo a narrativa. O começo do livro é entediante, que é quando o autor nos apresenta os personagens, muitos aliás, o que pode deixar o leitor confuso. Quem é quem nessa história? Isso até você se acostumar com cada um deles, o que demora um tempinho.


Em paralelo à narrativa do que acontece na Poplar Street, temos a narrativa do que aconteceu com Seth e de como ele “adquiriu” Tak em seu corpo, de como infernizou a tia e o marido por anos. Há também umas cenas desnecessárias e que tornam a história ainda mais chata, como uma transcrição do roteiro do seriado “Os Justiceiros”. Isso serviu apenas para me distanciar ainda mais da história e do livro, também.


Lá por volta de cinquenta por cento da história é que as coisas começam realmente a esquentar e eu me peguei querendo ler e saber o desfecho e virando as páginas ansiosa por mais. Perto de oitenta por cento do livro, temos uma esfriada, de novo. Contudo, acho que dos livros que li do Stephen (três, por enquanto) Os Justiceiros é o melhor.


Sobre a diagramação: está boa, mas em algumas partes poderia ser melhor. O diário de Audrey e no final a carta de uma personagem a fonte não é confortável para leitura. A revisão está ótima e ainda adoro a ideia de as capas se completarem! ahahah



Até a próxima, pessoal!



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