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Resenha #51 - A Nona Configuração, William Peter Blatty

Informações Técnicas:

Título Original: The Ninth Configuration

Autor: William Peter Blatty

Editora: Agir (Selo da Editora Nova Fronteira)

Ano: 2015

Páginas: 160

Sinopse: Um médico psiquiatra, encarregado de tratar pacientes em uma macabra e secreta mansão gótica transformada em manicômio para ex-combatentes, se vê questionando sua fé e compaixão, em meio à loucura que impera no lugar. Logo esse trabalho começa a colocar em cheque todas as suas crenças, a tal ponto de ele não saber mais o limite entre o real e o falso, a sanidade e e o delírio.Em A nona configuração, do autor best-seller de O exorcista, o psiquiatra Coronel Kane passa por muitas provações à medida que o centro é tomado pelo caos, e se depara com o seu maior desafio: enfrentar os próprios demônios... Nesta narrativa tensa e violenta, o suspense e terror psicológico imperam. Nada é o que parece ser e o final reserva grandes surpresas.



Resenha


Em A Nona Configuração, William Peter Blatty, mesmo autor do best-seller O Exorcista, traz uma história rápida e fluída.


Hudson Kane é um médico psiquiatra, coronel dos fuzileiros navais, destinado pelo Pentágono a avaliar os pacientes de um manicômio do Centro Dezoito, localizado em uma antiga mansão. Tais pacientes são ex-combatentes, e o trabalho de Kane é avaliar o comportamento deles e diagnosticar se os pacientes realmente sofrem de transtornos psicológicos ou se não estão simplesmente fingindo a loucura para fugirem de suas obrigações militares.


Cada paciente ali possui uma loucura diferente (ou estariam apenas fingindo?), que o autor não trabalhou mais profundamente em como esses distúrbios estariam ligados ao trauma de cada um. Em meio a diálogos sem sentido, principalmente com Cutshaw, vários pontos são levantados, como a existência ou não de Deus. E é aí que Kane tem sua própria experiência posta à prova e tudo em que ele acredita.


Aos poucos, ele vai se mostrando um personagem não somente reservado e contido, mas um alguém que também tem algo por trás, alguém que esconde alguma coisa, alguém que parece ser tão psicologicamente fodido quanto seus pacientes. E há um segundo personagem na trama que parece realmente conhecer a verdadeira face de Hudson Kane. Esse personagem claro é um dos poucos mentalmente saudáveis da obra.


Tem um plot interessante e surpreendente, mas achei que o desfecho em si deixou um pouco a desejar em determinado aspecto, em relação mais aos pacientes do Centro Dezoito.


Do mais, gostei dos diálogos doidos dos personagens, da busca de Kane para enfrentar os próprios demônios internos e de seus questionamentos. Tem um leve toque de mistério que me prendeu à obra. A leitura é rápida, mas exige um pouco mais de atenção do leitor pra não se perder no raciocínio dos personagens.


Vale a leitura.







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