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Post Especial - Talvez Nunca Mais Um País, Flavio P. Oliveira


O post de hoje tá super especial! Lá no instagram do Só Mais Este Capítulo está rolando sorteio de um livro nacional autografado. No post de hoje, vocês vão poder conhecer um pouco mais do livro e do autor também.


Confira abaixo:

Informações técnicas:


Editora: Delirium

Páginas: 237

Ano: 2015

Autor: Flávio P. Oliveira

Sinopse: Talvez nunca mais um país, partidos políticos, eleições etc. Dois vírus criaram uma nova idade histórica, o primeiro consumiu as reservas de petróleo, o segundo deixou à beira da extinção a humanidade — gigantescas ratazanas devoram os corpos largados nas ruas. No setor 7, na famosíssima Copacabana, Miguel — ex-ráquer, atualmente colecionador e catalogador de objetos artísticos, um apaixonado por rock ‘n’ roll — envelhece (aceitando a sorte de ser um doador universal) sem ter muito o que fazer, além de caminhar na praia em companhia das porcas da senhora Borrêia e conversar com os pivetes na carcaça. Tudo isso mudará um dia, por culpa da inveja alheia, por culpa de uma nova vontade de ser melhor, algo não permitido pelo autoritário governo.

Resenha:

Talvez Nunca Mais um País, uma distopia nacional com pitadas generosas de loucura, nos mostra o cenário, futurístico, da humanidade depois que dois vírus criam uma nova idade histórica. O primeiro consumiu as reservas de petróleo; o segundo adoeceu — e quase levou à extinção — a espécie humana. O protagonista desse enredo é um dos poucos humanos imunes à doença de Hoosbardo — uma doença semelhante à lepra — e por isso possui algumas regalias do governo, no entanto precisa manter isso em sigilo.




Quase acertei na quina — diz Espinhela Caída. — Só errei cinco números.




Já na primeira página descobrimos que ele está em apuros. Uma arma apontada para sua cabeça. Um simples aperto no gatilho e seus sonhos serão interrompidos.


Dizem que quando se está para morrer a vida passa diante dos nossos olhos. Flavio aplicou este ditado no livro. À beira de morrer, o personagem divaga nas lembranças dos dias que viveu: das divagações do avô e sua bengala aos colegas da juventude de apelidos infelizes — porém hilários.


"(…) São onze e meia da noite, e cadê festa? No dia seguinte dou um esporro em Zé Ruela, o qual não deixa de efusivamente gargalhar na minha cara."

São nesses delírios que o autor nos apresenta o cenário de sua distopia psicodélica. Ambientada no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, o autor nos mostra o cotidiano de seu protagonista em meio a esse cenário distópico. Por causa da setoriarização na cidade, e as pessoas impedidas de invadirem os setores melhores por causa de um chip esofágico, nosso personagem não tem muito o que fazer a não ser conversar com os pivetes na carcaça, brincar com as porcas de dona Borrêia, namorar a esposa por quem é declaradamente apaixonado, colecionar relíquias, além de ansiar delirantemente por um cinema.




Considerações pessoais.



O Flávio tem uma escrita bem peculiar. Os acontecimentos no decorrer da narrativa são atemporais, não seguem uma ordem cronológica exata, uma alusão perfeita de como as lembranças realmente nos acometem, além das pequenas loucuras inseridas no texto, que, vez ou outra, nos arrancam risos.


A construção dos diálogos também me chamou muito a atenção, e é tão singular quanto sua escrita. O autor não faz uso de aspas ou travessões para indicar fala, simplesmente insere na narrativa. Ao final, insere um meio-travessão para explicitar a fala de determinado personagem.


Confesso que, se não ler com um pouco mais de atenção, a gente se perde na história, um pouco por causa dessa estrutura de diálogo e um pouco por causa do estilo atemporal com qual nos apresenta a história. Mas, calma!, isso acontece somente nas primeiras páginas. Não é difícil se habituar à narrativa do Flavio — que tanto foge do comum que estamos acostumados —, e logo estamos devorando as páginas sem nem perceber.


Como se não bastasse, como eu já havia mencionado no post das Primeiras Impressões que fiz do livro, Flavio não dá nomes aos bois, digamos assim. São mais de duzentas páginas sem saber o nome de nosso personagem querido; e isso não é algo que atrapalhe a história. A escrita e o enredo da distopia nos envolvem de tal maneira que sequer nos damos conta deste fato; e ter conhecimento do nome do protagonista — que nos é revelado apenas na última página — se torna algo dispensável e não tão importante.

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Flavio faz maestria com as palavras, põe emoção e é até mesmo um pouco poético. Sem dúvida, um livro fantástico e recomendadíssimo para aqueles que gostam de literatura nacional e de narrativa diferente ou para aqueles que buscam explorar novos estilos.


Talvez Nunca Mais um País, o diferentão.

Sobre o autor:


Flavio P. Oliveira nasceu em Nilópolis/RJ. Graduado em engenharia Civil, é escritor, capista, diagramador, ilustrador, aficionado por rock progressivo, um entusiasta do movimento de código livre… autor de diversos livros, seus romances “Talvez Nunca Mais um País” e “A Noiva de Papelão” foram publicados pela Delirium Editora.


Recentemente, o autor lançou seu terceiro livro pela Delirium Editora, o romance infanto-juvenil Uma Princesinha no País das Maravilhas.





Obras do autor pela Delirium Editora:

Sobre o sorteio:

Quem quiser ter a chance de levar pra casa esse livro lindo e autografado, é muito fácil.

No nosso instagram, procure pela foto oficial do sorteio ou clique AQUI para ser redirecionado

Na foto oficial, você deve curtir, marcar três amigos nos comentários, até três vezes, não podendo ser perfis fakes, de lojas, famosos ou inativos. Depois, seguir o perfil do blog no Instagram e o perfil @mandy_nunes_

Você também tem como ganhar chances extras, e está tudo descrito na imagem.

O sorteio acontecerá em 02/Ago e o (a) sortudo(a) vai levar pra casa esse livro incrível, mais marcadores sortidos.

Não deixem de participar!


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